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Suicidal Boyz

A foto abaixo é um dos melhores registros da fase áurea (na minha opinião) do Suicidal. Não há nenhum integrante da banda no documento, mas reúne boa parte da rapaziada que seguia os Cycos na época.

A foto foi tirada por Chuck Katz e flagra um pré-show da turnê “Welcome to Venice”, em 1985. No meio da turma, estão os integrantes da também clássica banda de Venice Beowulf, Mike Jensen, Dale Henderson, Paul Yamada e Mike Alvarado (que também foi roadie do ST).

Há ainda Sal Troy, integrante do No Mercy, grupo que juntou Mike Muir, Mike Clark e o ilustrador-chefe do ST Ric Clayton.

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Entrevista – R.J. Herrera

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Dos ex-integrantes do Suicidal, R.J. Herrera foi o mais complicado de encontrar até agora. E “complicado” é mesmo a melhor definição, afinal, eu sabia onde o ex-baterista estava, mas não conseguia alcanlçá-lo.

Tudo começou quando encontrei a fera no Myspace, na posição de titular  das baquetas do Horny Toad, banda do também ex-Cyco Louichi Mayorga.  Fiz o tradicional contato pela rede e, depois de alguns dias, recebi o email de Herrera.

Porém, veio a decepção. O endereço estava errado e nada de comunicação. Deixei de lado até que resolvi recorrer ao Mayorga diretamente, e através dele soube que o saudoso batera tinha se mandado para Ohio, para um tratamento médico da esposa dele.

Mais uma vez, vi diminuída a esperança de encontrá-lo. Até que, há pouco mais de um mês, investi novamente pelo Myspace. Mensagem vem, mensagem vai, pintou o telefone celular do Herrera na tela.

Ligo? Não ligo? Liguei, basicamente, para descolar um email correto. No fim, acabei batendo um excelente papo com o baterista da fase áurea do ST. Dez minutos de conversa (a conta ainda não chegou!), naquele inglês danado (porém astuto), sobre os dias de hoje e o passado na banda.

Não preciso nem dizer que foi algo surreal para mim: ter do outro lado da linha, num esquema full-contact, um cara que eu sempre admirei apenas por música, clipes e capas de disco.

Senti que lá da América do Norte, Ralph também curtiu. Há quase 20 anos longe do grupo, pareceu bacana para ele ter novamente o reconhecimento da importância que teve para o Suicidal. Ainda mais no caso de um batera, sempre escondido atrás do instrumento.

Aprumada a entrevista, enviadas as perguntas, ele não demorou a responder. Foi bem sucinto, coisa de quem, aparentemente, não é muito habituado à essas paradas de internet, Facebook, Myspace etc.

Apesar disso, nos deu o suficiente para sabermos por onde anda e, principalmente, que tudo está bem. Valeu mesmo, Chicano-Surf-Skate Style!

Onde você nasceu?
Eu nasci em Santa Mônica (EUA). Estou com 46 anos e  me mudei temporariamente para Ohio, até setembro deste ano.

Como começou a tocar bateria?
Comecei a tocar no 4th grade. Eu sempre me liguei no ritmo e na bateria quando ouvia música quando moleque. As primeiras influências foram, provavelmente, os Beatles, e tudo que ouvia no rádio. Também fui influenciado pelos bateristas Buddy Rich e Carl Palmer (Emerson, Lake e Palmer).

Ao lado de Rocky George, cheio de estilo.

Alguma conexão entre o Suicidal e as gangues de Los Angeles?
Nenhuma conexão. Apenas um monte de fãs e seguidores que se vestiam com Pendletons e bandanas.

Qual o seu melhor momento no grupo?
Foram alguns bons momentos. Enquanto fazíamos shows na Flórida com o Janes Adiction descobrimos que o “Lights, Camera… Revolution” fora indicado ao Grammy. Também tocar em LA no Verizon Amphitheatre após termos sido banidos por um bom tempo.

Com o ST nos bons tempos de "Lights, Camera... Revolution".

Qual a sua música favorita do Suicidal?
Não tenho uma única música favorita. Algumas boas partes de bateria: “Trip at the Brain” e “Lost Again”.

Você introduziu o uso do pedal duplo na banda. Isso contribui para encaminhar o Suicidal para o metal?
Sim, eu passei a usar o pedal duplo. Quando viemos com músicas novas isso simplesmente aconteceu. Eu nunca pensei em escrever coisas “metal” ou “punky”. A música é o que é… Suicidal, eu acho.

Pedaleira dupla logo que entrou para o ST, com Louichi Mayorga.

Por que você deixou o grupo?
Eu fui colocado em uma situação onde ficou desconfortável eu continuar trabalhando com o Muir. Além disso, minha mulher estava grávida do nosso primeiro filho. Muir estava em seu “modo ditador” e eu não iria lidar com isso.

O que você fez depois de deixar o grupo?
Depois de deixar o ST eu fiz alguns discos com o Uncle Slam (que contou também com Amery Smith, Louichi Mayorga, Bob Heathcote e Jon Nelson, todos ex-Suicidal), Beowulf e um projeto paralelo com o Mike Clark chamado Bastion.

Primeiro à esquerda, com o Horny Toad de Mayorga.

Tem visto algum dos ex-companheiros de banda?
Apenas vi o Robert (Trujillo) com o Metallica em outubro, falei com o Clark rapidamente próximo do ano novo, Rocky há algum tempo e toquei com o Louichi no Horny Toad quando voltei para casa.

E o Muir?
Não falei com ele nesses quase 20 anos…

Toparia uma turnê reunindo a formação do período de auge da banda?
Uma reunião com os caras nunca aconteceria por algumas razões. Uma vez que Muir tomou as decisões sobre a “sua” banda, ele nunca volta atrás. Rob está muito ocupado com o Metallica. Eu não sei se todo mundo concordaria com isso se essas reazões fossem possíveis.

Com a filha Devon, Rob Trujillo e o filho Jackson (de xadrez).

O que você tem feito ultimamente?
Atualmente tenho tentado cuidar da minha esposa enquanto ela está doente e ser um bom pai para meu filho Jackson (18 anos) e minha filha Devon (13). Eu tenho escrito alguma coisa e espero gravar logo que possível.

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Violência e psicodelia com Michael Seiff

* with english version below.

Eu queria fazer um post mais elaborado sobre esse cara que teve um papel marcante na história do ST, porém, não há quase nada sobre ele na internet. Dessa forma, ficamos mesmo com o que mais interessa, que é a arte de Michael Seiff, responsável pela capa absolutamente clássica de Join the Army.

Só posso deduzir que Seiff era local de Venice, afinal, fez várias capas das bandas locais. Além do ST, trabalhou para Excel, Beowulf, Uncle Slam e No Mercy. Curiosamente, todas as capas feitas entre 1986 e 89.

Depois disso, sumiu. O único registro mais consistente dele na rede é nesse site e, infelizmente, acompanhado de um “rest in peace” (descanse em paz). Em todo o caso, já está registrada a arte extremamente absurda, psicodélica e violenta de Seiff.

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I’d like to write a better and longer post, full of info about this guy, who had an important part in ST history. However, it’s very hard to find things about him on the net. So, I’ll let you with what interest us the most, wich is the art of Michael Seiff, who was responsible for making the classic art cover of Join the Army.

I guess Seiff lived in Venice, because he designed the art cover for tons of local bands there. Beside ST, he worked for Excel, Beowulf, Uncle Slam e No Mercy — all made between 1986 and ’89.

Then he was missing. The only ‘consistent’ thing I found on the net about him you can find here and, unfortunately, followed by R.I.P. Anyway, I’m showing now the psicodelic, absurd and violent art of Seiff.

Uncle Slam - Say Uncle - 1988

No Mercy - Widespread Bloodshed - 1987

Excel - Split Image - 1987

Wasted Youth - Black Daze - 1988

Excel - The Joke's on You - 1989

Beowülf - 1986

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Lights… Camera… ST! – 2

O segundo video da série vai na onda do post abaixo. É quase a reunião da formação responsável pelo registro do primeiro álbum. No final de 2006, o baterista Amery Smith, o baixista Louiche Mayorga e o guitarrista Grant Estes se reuniram sob o nome de AgainST. Como objetivo, participar da segunda coletânea “Welcome to Venice”, reunião de bandas da praia californiana.

A primeira tornou-se um clássico. Lançada em 1985, apresentou as bandas No Mercy (do Mike Clark e, depois, do Muir), Excel, Los Cycos (que contou também com Muir, mais Mayorga e Estes) e Beowulf — além do próprio ST. Na segunda edição (confira aqui), o quarteto mandou Roll the Dice e Camarillo, com Dan Clements (ex-Excel) e Kevin Guercio (ex-No Mercy) nos vocais.

Mas voltemos ao video. Melhor ainda, vamos curtir a peça antes…

Em pouco mais de dois minutos e meio, o trio de ex-Cycos, mais o vocalista Gilbert Trejo, mandando brasa em I Shot Reagan, do álbum de estreia do ST. Apesar do molecão Trejo dar umas vaciladas no mic, os outros três têm perfomance irretocável, nesse peso pesado do repertório do Suicidal.

Destaque para Mayorga, tiozão, rechonchudo, dedilhando um daqueles contra-baixos curtinhos, no melhor estilo regueiro. A propósito, estou na luta para arrancar uma entrevista dele. Já falamos algumas vezes por email, e Mayorga responde tudo na camaradagem, menos as perguntas da entrevista!

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