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Thug Life

Circulando pela rede encontrei alguns registros sensacionais de “gang life” em Los Angeles. A maioria deles passa longe de Venice, a área que mais nos interessa. As fotos têm origem nas quebradas distantes da brisa do mar, passam por Compton e, na maioria, retratam os guetos latinos.

A peça abaixo, assinada pelo fotógrafo Ken O’Brien, é a única representante da área, e data justamente do período de gestação do ST, 1982. Dois representantes dos Crips bem ao estilo de Venice Beach. Muito mais vocês podem curtir AQUI e AQUI.

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Tretas no sofá de casa

Tantas vezes já falamos de gangues por aqui (da relação ou não delas com o ST) que decidi fazer um texto com filmes sobre o tema. E vejam bem, não são “dicas”, pois, dos três, só um eu indico mesmo para quem ainda não viu.

Comecemos pelo melhor disparado. Dirigido pelo malucaço Dennis Hopper,  Colors (As Cores da Violência)  é um clássico do assunto. Lançado em 1988, retrata a rotina de dois policiais de uma divisão especial de rua em LA: o experiente, manhento e conformado Bob Hodges (Robert Duvall), parceiro do novato, frenético e cumpridor Danny McGavin (Sean Penn).

Partindo daí, “passeamos” por duas horas a bordo da viatura da dupla pelas quebradas do condado, especialmente por South Central, área de conflito de Bloods e Crips. De leve, algumas tretas com gangues latinas, uma delas com um malandro envergando uma bandana idêntica a do Suicidal.

Alguma relação com a banda ou mera coincidência?

De quebra, tudo isso (e mais, como a crise de postura entre os meganhas) costurado pela trilha sonora composta pelo gênio Herbie Hancock. Também chamada Colors, a música do rapper Ice-T é o grande destaque.

Seguindo em ordem cronológica, um filme de 1993, chamado Blood In Blood Out (Marcados pelo Sangue). Conta a história de três moleques hispanos, apelidados Cruz, Paco e Miklo, em busca de sua identidade cultural. Nada de atores conhecidos na peça.

Esse vale mais pelo cenário. Saímos do território dos blacks de Colors e caímos na área de mexicanos (principalmente), porto-riquenhos, cubanos etc. Para quem está longe, e nunca circulou por lá, vale o passeio cinematográfico.

Em Marcados pelo Sangue, os latinos comandam.

Mas é só o que presta. A história e o roteiro são fracos, não sabem pra onde vão, o que torna o filme ainda mais longo do que as intermináveis três horas de duração.

Por fim, o mais recente, de 2007. Splinter (Gangues de Los Angeles) tem ao menos uma cara conhecida, a do ator Tom Sizemore, de O Resgate do Soldado Ryan, entre outros.

Porém, pode ser avaliado na mesma linha do anterior. Se salva apenas a viagem, sentado na poltrona de casa, até onde as broncas das gangues acontecem.

A trama é fraca. Nela, o policial Cunningham investiga uma série de assassinatos sinistros, sem saber se são obra de uma serial killer, ou fruto da guerra dos grupos do leste de Los Angeles. Infelizmente, o desenrolar não é nada empolgante.

Seguem os trailers:

Colors

Blood In Blood Out

Splinter

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Há 27 anos, no Galaxy e no T-Bird

Cheguei nesse link lendo o sensacional artigo “When La Raza and Punk Rock Collide and Converge” (certamente, voltaremos a falar deste texto por aqui). E de lá trouxe para o blog duas mini-resenhas de dois shows do Suicidal nos primórdios da banda, assinadas por Scott Mitchell.

Dos primórdios também é o site em que o material está publicado. Feito entre 1999 e 2003, segue firme online hospedado no pré-histórico Tripod. Visual que hoje, 10 anos depois, dá para chamar de old school em termos de internet.

São dois relatos curtos e bem interessantes. Selecionei apenas as partes em que o autor trata do ST, traduzidas livremente na sequência.

Data: 12/11/1982
Bandas: CH3, The Vandals, Suicidal Tendencies,
Battalion of Saints, Shattered Faith, Ill Repute, Patriot e Instigator.
Local: T-Bird Rollerdrome, em Pico Rivera.
Ingresso: $ 6.

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To the best of my knowledge, this was the first show that I went to that was produced by “P.U.N.X.”. Throughout 1982 and 1983, PUNX put on a number of shows in the LA area, and a lot of them wound up being at the T-Bird Rollerdrome. According to the local punk rumor mill, PUNX was alleged to be more of a gang than a music production business. When you added PUNX spooky reputation to the gang infested Pico Rivera neighborhood where the T-Bird stood, it gave the shows there kind of a sinister, dangerous feeling.

After an extremely long intermission, Suicidal Tendencies finally showed up late and took the stage. The audience that night was packed with S.T.’s gang-like followers, since Pico Rivera was pretty much home turf to the whole Suicidal crew. Between the involvement of the PUNX people, the Pico Rivera locale, and the presence of Suicidal Tendencies and their fans, the evening definitely had a kind of punk/gang type feeling. This was the first time that I had seen Suicidal Tendencies play, and this time I wasn’t all that impressed. They sounded much better when I saw them play the next weekend at the Galaxy, but I’ll save that story for later.

[TRADUÇÃO LIVRE]

Se eu me lembro bem, este foi o primeiro show que eu fui produzido pelo grupo P.U.N.X.. Ao longo de 1982 e 1983, a P.U.N.X. organizou uma série de shows na região de Los Angeles, muitos deles no T-Bird Rollerdrome. Segundo a fábrica local de boatos punks, a P.U.N.X. foi acusada de ser mais uma gangue do que uma produtora musical. E quando você adiciona essa reputação da P.U.N.X. à um bairro infestado de guangues como Pico Rivera, onde o T-Bird foi construído, isso dá ao show um sentimento sinistro, perigoso.

Depois de um longo intervalo, o Suicidal Tendencies finalmente apareceu e subiu ao palco. O público daquela a noite era formado com seguidores ST estilo gangues, Pico Rivera foi casa muito receptiva para toda a turma Suicidal. Entre o envolvimento das pessoas P.U.N.X., os locais de Pico Rivera, e a presença do Suicidal Tendencies e seus fãs, a noite teve definitivamente uma espécie sentimento punk/ gangue. Esta foi a primeira vez que eu vi o Suicidal Tendencies tocar, e desta vez eu não fiquei tão impressionado. Eles soaram muito melhor quando os vi tocar no fim de semana seguinte no Galaxy, mas essa história eu vou guardar para mais tarde.

Data: 12/17/1982.
Bandas: Wasted Youth, Youth Brigade, Suicidal Tendencies, 7 Seconds.
Local: The Galaxy, em Fullerton.
Ingresso: $6.

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Call me a wimp if you will, but man, it was nice to be back at the good old Galaxy in Fullerton, away from the heavy gangster attitude and wrecked bathrooms at the T-Bird.

The first time I saw ST, I didn’t think they were all that great; maybe it was the heavy gang attitude that night, or maybe it was just an off night for the band. But this time at the Galaxy, they put on a kick-ass show, which included early versions of “I Saw Your Mommy” and “Institutionalized”. It was definitely easier to enjoy Suicidal Tendencies without their faithful hoard of ultra-violent knuckleheads hanging around.

[TRADUÇÃO LIVRE]

Pode me chamar de covarde se quiser, mas cara, como foi legal estar de volta ao bom e velho Galaxy, em Fullerton, longe da pesada atitude de gângster e dos banheiros destruídos da T-Bird.

A primeira vez que eu vi o ST, não achava que eles eram tudo aquilo, talvez tenha sido a pesada atitude de gangue daquela noite, ou talvez fosse apenas uma noite desligada da banda. Mas, desta vez no Galaxy, eles fizeram um show fudido, que incluiu as primeiras versões de “I Saw Your Mommy” e “Institutionalized”. Foi definitivamente mais fácil desfrutar o Suicidal Tendencies sem os seus fiéis ultra-violentos estúpidos pela área.

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[ENGLISH VERSION]

I’ve reached this link by reading this terrific text called “When La Raza and Punk Rock Collide and Converge” (that we’ll certainly revisit here pretty soon), and there I’ve found two terrific reviews written by Scott Mitchell reporting ST concerts from the old days.

The website itself was created in the ‘old days’ of internet, between 1999 and 2003, and until now it’s hosted on the prehistoric Tripod, showing a simples layout that also looks pretty ‘old school’ when you talk about the web.

Both reviews are very short but still interesting, and I’ve picked only the fractions about ST on the text.

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ST, gangues, violência – a série 2

Na foto logo abaixo, raríssima, uma mini-reunião de alguns Suicidal Boyz, de idades variadas, como se vê. Mas pode chamá-los também de Suicide’s, Cycos ou até Suicidal Dudes — são vários os nomes para a moçada que, entre outras atividades, seguia o ST por LA partindo de Venice.

Destaque para o magrão ao centro. Calça jeans, manjada; bandana azul, também no esquema; e a camisa com o ST pintado na gola. Há ainda outro desenho, no bolso, que não dá para identificar. Sem contar o mé, discreto, na mão.

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Há ainda outro personagem nessa picture, importantíssimo na história da banda. A fera de costas, de jaqueta punk e cabelo espetado, é o Ric Clayton. Ele foi o responsável por criar a letra, o estilo, o desenho da marca do Suicidal que se tornou um clássico.

Com a caneta nas mãos, Clayton também detonava nas camisas da molecada (das que aparecem na capa do primeiro álbum, boa parte são desenhos dele), uniforme quase obrigatório entre os Suicidal Boyz.  De quebra, foi baixista do No Mercy, banda de Mike Clark que contou com Muir por um breve período.

Quanto ao assunto da série, a ligação é óbvia, certo? O que rola quando junta um grupo de homens numa quebrada qualquer? Não creio que esse encontro, por exemplo, fosse para ir na missa ou estudar.

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ST, gangues, violência – a série 1

Vocês devem ter reparado. Nas quatro entrevistas que fiz com os (ex) integrantes do ST, uma pergunta se tornou “clássica”: o Suicidal sempre foi associado à gangues, em algum momento existiu uma relação direta?

Não por acaso. Isso sempre me intrigou. E cheguei  a conclusão que vai ser sempre assim. O motivo é simples: não há uma resposta definitiva. Ou melhor, boto fé que a explicação padrão do Muir para esse tipo de questão é, talvez, a mais coerente, verdadeira, enfim.

Por serem de onde são, naturalmente os Cycos acabariam esbarrando em gangues, violência e temas do tipo. E é justamente desses momentos que tratarei ao longo da semana.

A começar por um recorte de jornal bem curioso que encontrei no site Punk Records. A notícia sobre uma gangue  que apavorou uma igreja em Mar Vista, sob o nome de Suicidal Tendencies. No texto, Muir condena o vandalismo. Saquem só…

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Entrevista – Amery Smith

Depois do papo com o Louchi Mayorga, é a vez de Amery Smith aparecer por aqui em outra entrevista exclusiva. Basicamente, o mesmo esquema.  Achei o cara no Myspace (bendito seja!) e propus a conversa. A partir daí, trocamos quatro emails desde a semana passada, com o ex-batera do ST sempre muito camarada!

Como o chapa Mayorga, Smith segue na California, trabalhando como técnico de bateria — já trampou com Beastie Boys, por exemplo. Recentemente, embarcou no projeto do ex-baixista pra formar um “quase” Suicidal,  o AgainST, contando também com Grant Estes.

Amery Smith, foto recente

Amery Smith, foto recente

Foram cerca de três anos com o grupo, entre 1983 e 85. Período em que ele gravou o primeiro e clássicaço álbum. Ao sair da banda, foi substituído por R.J. Herrera.

Na entrevista, Smith deu uma geral caprichada em seu tempo de Cyco. Como assumiu as baquetas, do grupo a primeira turnê pela América, gangues, violência, relação com ex e atuais membros, skate, Dogtown…

Mais uma vez, optei por publicar as respostas em português (tradução livre!) e inglês.

Como outros Cycos, você é local de Venice?
Eu sou de Praia Del Rey. Meus pais viveram em Venice e os dois se formaram na Venice High School nos anos 50. Eu passei meu primeiro ano de vida em Venice, então nos mudamos umas três milhas para o sul, para Praia Del Rey, onde eu vivi com meu pai depois de ele se separar da minha mãe. Minha mãe permaneceu na casa de Venice.

I am from Playa Del Rey. My mother and father lived in Venice and both went to and graduated Venice High School in the 50’s. I spent the first year of my life in Venice, then moved with the family about three miles south, to Playa del Rey, where I lived with my father after my parents split up. My mother stayed at the house in Venice.

Como você entrou para o Suicidal?
O Neighborhood Watch tocou em uma festa de quintal em Praia Del Rey, e eles tinham Suicidal/Venice seguidores. Eu tinha uma banda nessa época e abrimos para o NW nessa festa. No dia seguinte, eu recebi uma ligação do Mike Muir me perguntando se eu gostaria de experimentar com o ST. E eu aceitei.

Neighborhood Watch played a backyard party at the house in Playa Del Rey and they had a Suicidal/Venice following. I had a band at the time and we opened for Neighborhood Watch at the party. The next day I got a phone call from Mike Muir asking me if I wanted to try out for Suicidal Tendencies. And I said yes.

Com o ST, início dos anos 80

Com o ST, início dos anos 80

Qual o significado de Awol? (Ele é conhecido por Amery Awol Smith).
É um apelido que o DJ Hurricane dos Beastie Boys me deu no início dos anos 90. Eu nunca estava onde era para eu ir. Então Cane apenas disse que eu era awol. (Com a colaboração do camarada Renato Puppi, segue o significado de Awol: “absent without leaving, é quando o cara some sem se desligar formalmente de algo, ppte no exército”).

A nickname DJ Hurricane from the Beastie Boys gave me in the early 90’s. I was never where I was supposed to be. So Cane just said I was awol.

O ST sempre foi associado às gangues de Venice. Especialmente, por conta de um boné que você usou no encarte do primeiro álbum, com a inscrição V13 (da gangue Venice 13). Em algum momento, houve uma relação direta?
O boné pertencia ao irmão do Louichi. Ele pode explicar melhor essa história. (nota: na entrevista ao blog, Mayorga revela que seu irmão era integrante da gangue).

The hat belonged to Louichi’s brother. Louichi can elaborate on that story.

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Quem teve a ideia de se pendurar de ponta cabeça na capa do primeiro álbum? Aquela estrutura ainda existe?
Não me lembro de quem foi essa ideia. O globo não existe mais, ele foi tirado há uns 10 anos, mais ou menos.

I can’t remember who’s idea it was. The globe does not exist anymore, it has been gone for ten years or so.

O fotógrafo Glen Friedman fez algumas fotos clássicas perto de sua casa em Playa Del Rey. Onde era essa casa? Você ainda mora lá?

Adoro essa foto. Essa casa é a mesma onde o Neighborhood Watch tocou na festa de quintal que eu mencionei antes. É a casa do meu pai, Valor, ela ainda está lá e ele continua morando nela. É a mesma onde o Suicidal Tendencies ia praticar, e meu pai nos deixava usar seu 1972 4 Door Chevrolet Pick-Up Truck com uma barraca (?) para a primeira turnê pelos Estados Unidos, creio que em 1983. Com certeza nós éramos todos adolescentes nesse tempo. Eu era.

Foto hitórica. Nelson, Muir, Mayorga e Smith

Foto hitórica. Nelson, Muir, Mayorga e Smith

I love that Picture. That house is in Playa del Rey, that is the same house where Neighborhood Watch played the backyard party I mentioned earlier. It is my fathers house. The house is still there, and my father, Valor, still lives there. This is the same house where Suicidal Tendencies would practice, and my Father let us use his 1972 4 Door Chevrolet Pick-Up Truck with a camper on it to do the first ever Suicidal Tendencies US Tour, 1983 I think. Pretty sure we were all still just teenagers at the time. I know I was.

Qual foi melhor momento que você viveu com o ST? E o pior?
O melhor para mim foi tocar com o Minor Threat no Vale de Los Angeles, começo dos anos 80. O pior foi a violência.

The best for me was playing a show with Minor Threat out in the Valley of Los Angeles in the early 80’s. The worst was the violence.

Que tipo de violência?
Era apenas a violência em geral, como parte de toda uma cena. Não era apenas em Venice/Los Angeles, mas no país, se não no mundo. Eu realmente não via a sua necessidade e ainda não vejo. Eu entendo que os garotos serão garotos, e aparecer em grupo, vindo para uma “cena”, é uma forma segura, quando todos estão olhando para você de lado, e querendo saber de onde você é, ou quem você anda. Mas é isso que é escutar música? Para muitos garotos, tenho certeza, era isso, e isso é completamente derrent (?) para a cena local, desliga geral. Por exemplo, por que você teria de se preocupar quando vai ver uma de suas bandas favoritas?

It was just the violence in general as part of the entire scene. It was not just in Venice/Los Angeles, but nation, if not world wide. I just did not really see its necessity and I still don’t.  I understand that kids will be kids, and being down with a set is a form of security in numbers when you are coming onto a scene and when everyone is looking at you sideways and wondering where you are from, or who you are down with but is that really what enjoying music is all about? For a lot of kids I am sure, this was, and is a complete deterrent to their local music scene and a turn off in general. For example, why would you want to have to worry about getting beat up if you had plans to go see one of your favorite bands?

Você comandou a bateria no disco de estreia. Como foi a gravação desse álbum clássico?
Nós estávamos fazendo muitos shows na época e praticando bastante. Penso que estávamos bem de saco cheio uns dos outros, isso pode explicar um tanto da energia. Lembre-se, estamos falando de um bando de adolescentes que não tocava há muito tempo e a nossa filosofia era “vamos pirar nisso”, não era para ser perfeito, nunca foi. A gente executava as músicas de forma diferente a cada vez. O que era ótimo, pois nos dava uma sensação de liberdade. A gente praticava na seqüência do disco, então o que você ouve era o que tocávamos e gravamos no estúdio. Nós não tínhamos muito dinheiro para gravar então todas as músicas foram feitas em uma noite, sem computadores, sem Pro Tools, Digital Performer, Cubase, Logic ou Reason, não teve edição. Foi tocado ao vivo, todos juntos na mesma sala, ao mesmo tempo. Eu acho que talvez Mike e Grant voltaram para fazer overdubs, duplicar e solos. E nosso dia seguinte, eu lembro que eu tinha de ir trabalhar cedo, então eu estava apressado para ir embora. Gravar um disco não era a prioridade no momento. Nós éramos apenas alguns garotos fazendo um disco punk.

O primeiro disco. Capa com os integrantes pendurados em um globo na Praia Del Rey

O primeiro disco. Capa com os integrantes pendurados em um globo na Praia Del Rey

We were playing a lot of shows at the time and practicing a lot so I think we were pretty sick of each other, that might explain some of the energy. Remember, we are talking about a bunch of teenagers who had not been playing very long at the time and the philosophy was “just get mad at it” it was not going to be perfect, it never was, and we usually played the songs a little different every time, which was great because it gave us a sense of freedom. We practiced in the sequence of the record, so what you hear on the record is the order that we played them and recorded them in the studio. We did not have much money for recording so all of the music was done in one night, no computers, no Pro Tools or Digital Performer or Cubase or Logic or Reason, there were NO edits, it was all played live, all of us in the same room playing together at the same time. I think maybe Mike and Grant went back for overdubs, doubling and solos and mixing the next day ? I remember I had to go to work early in the morning so I was in a hurry to get out of there, making that record was not a priority at the time. We were just some kids making a punk record.

Qual a sua música preferida? Por que?
Subliminal. Basta ouvi-la.

Subliminal. Just listen to it.

Por que você deixou o Suicidal.
Tinha chegado o momento…

It was time…

Atualmente, você tem alguma relação com Mike Muir ou outro membro ou ex-membro da banda?
Há alguns anos, quando o Ric Clayton (extraordinário artista do ST) ficou doente, eu mandei um email para o Mike para ver se ele queria fazer alguma coisa para ajudar a levantar algum dinheiro para ele. E ele nunca me respondeu. Foi tão chato. Eu saio com todos os outros, Louichi, Grant, Rocky, Mike Clark, Ralph (Herrera). Eu vejo Robert (Trujillo) socialmente de tempo em tempo e ele é uma grande pessoa. Eu não tenho visto Jon por algum tempo, mas ouvi que ele está pela área.

A couple of years ago, when Ric Clayton (Suicidal artist extraordinaire) got sick, I sent Mike an email to see if he wanted to do something to help raise some money for Ric. And he never got back to me, so I guess, I dont? Too bad. I am chill with everyone else, Louichi, Grant, Rocky, Mike Clark, Ralph. I see Robert socially from time to time and he is a great person. I have not seen Jon for a while but I hear he is around.

Recentemente, você, Grant Estes e Louichi Mayorga formaram o AgainST. Como foi essa experiência?
Foi muito divertido, e eu estou na expectativa de fazer mais.

It was fun, and I am looking forward to doing more.

E a experiência com os Beastie Boys?
Foi diversão por pouco tempo e depois não foi mais.

It was fun for a minute, and then not so fun.

O que você faz atualmente?
Eu tenho 45 anos e tenho boa certeza que quando estava na banda eu era o mais jovem e o único que realmente andava de skate. Além de fazer música quando o tempo permite, eu trabalho fazendo turnês como técnico de bateria. De vez em quando, trabalho como produtor. Eu trabalhei para Rage Against the Machine, One Day As A Lion, Queens of the Stone Age, Jimmy Eat World, The Mars Volta, Green Day e alguns oturos…

I am 45 years old. I am pretty sure that when I was in the band that I the youngest of the ST. And the only member of the band who actually actively rode a skateboard. Besides making music when time allows, I work with touring groups as a drum tech. Sometimes I work as a production manager. I have worked with Rage Against the Machine, One Day As A Lion, Queens of the Stone Age, Jimmy Eat World, The Mars Volta, Green Day and some others…

Continua andando de skate?
Sim, continuo! Mas estou velho e sou um Americano, então não tenho seguro de saúde e preciso tomar cuidado. Não sou bom, não pratico vertical ou qualquer coisa assim, mas adoro! E sim, havia muitos skatistas em volta na época, era um período de transição, os skateparks foram fechando, o street, as piscinas e rampas estavam em voga. Havia um quart pipe no beco próximo da casa dos meus pais em Playa Del Rey, não era propriedade de ninguém, então vários skatistas, o tempo inteiro, estavam por perto. Jay Adams, Tony Alva, Christian Hosoi e alguns da segunda geração de Dogtown, como Scott Oster e Aaron Murray, skatistas talentosos e boas pessoas.  Isso era parte de um estilo de vida.

Yeah, I still skate. But I am old and I am American so I do not have health insurance and I need to be careful. I am no good, no vert or anything like that, but I love it. And yeah, there were a lot of skaters around at the time, it was a transitional period for skaters, the Skateparks were closing down and street skating and backyard pools and ramps were in in vogue. There was a quarter pipe in the alley near my fathers joint in Playa del Rey, it was just in an alley, not on anybody’s property so there were people skating it all the time, Jay Adams was around, Tony Alva, Christian Hosoi and a couple of the second wave Dog Town riders, Scott Oster and Aaron Murray really talented riders and good people, It was indeed part of the lifestyle.

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