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Fishbone institucionalizado

Pérola encontrada no fórum do ST. Video recentíssimo do Fishbone no qual o eterno Rocky George cita Institutionalized durante a execução de Alcoholic. A gravação não é das melhores, mas vale curtir o guita black mandando a levada psicótica do “hit” dos Cycos, relembrando os velhos tempos.

George gravou a canção para o álbum Still Cyco after all these years, também conhecido como o disco de estreia do Suicidal aditivado.

Boa oportunidade para lembrar o meu encontro com o mito, no ano passado. De quebra, reforçar que Angelo Moore, o cabeça do Fishbone, é certamente um frontman de primeira linha.

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I’m not crazy!

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Cartão ST

Aproveito a contribuição do camarada Emilio Torres. Um cartão do lançamento do mítico clipe de Institutionalized acompanhado de algumas linhas de próprio punho de Mike Muir. Relíquia!

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Nove razões porque o ST comanda!

Esse texto é do site da revista inglesa Metal Hammer, devidamente traduzido e ilustrado para o blog.

Sem o Suicidal Tendencies, não haveria…
Biohazard, Hatebreed, Municipal Waste, Faith No More, Sick Of It All, Pennywise, Living Colour…

O clipe de ‘Institutionalized’
Com a participação da MILF (sigla para ‘Mother I’d Like do Fuck’, ou seja, uma coroa bonitona) mais gostosa de todos os tempos, uma fuga épica, um sósia do Ray Charles, uma versão enfurecida do Barney, o Dinossauro e muito skate. Isso aí!

Eles tornaram o skate cool
Sim, o skate já foi cool e o ST foi um dos responsáveis por isso. Nós ainda estamos aguardando a invenção do Hoverboard (aquele skate flutuante do filme ‘De volta para o futuro’) para a nova ascensão do skate.

I Saw Your Mommy
A definitiva música-para-cantar-junto. Se você não a conhece, arranje uma vergonha na cara.

Mike Muir tem o cacife para usar uma bandana
Apenas poucos caras podem vestir um adereço na cabeça e não parecer que está indo passar o feriado em Bridlington (uma cidade litorânea meio afetada do sul da Inglaterra). E o Mike Muir é um desses poucos caras.

Rob Trujillo
O baixista super herói iniciou sua vida musical no Suicidal Tendencies antes mesmo de se juntar à banda de Ozzy e hoje em dia, ao Metallica.

Invasão ao palco do festival Download
A última vez que a banda tocou no Download (festival de rock que acontece todo ano na Inglaterra, e é tido como o sucessor do lendário Monsters of Rock) foi em 2007, quando rolou uma invasão infernal no palco. Pensando melhor, nós acharíamos melhor chamar segurança extra da próxima vez.

R-E-S-P-E-I-T-O
Quantas bandas você pode citar que podem ser incluídas no mundo do hardcore, punk e do metal? Você tem um minuto para pensar. Não são muitas, não é?

O blusão de Hockey (hockey jersey)
Hoje em dia virou um uniforme nos shows de metal no mundo inteiro, mas quem começou com a história do blusão de hockey foi o Mike Muir. O cara já tem mais de 40 anos e ainda parece mais cool que qualquer um de nós. Droga.

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Entrevista – Lisa Fancher

* with english version below.

Prosseguindo com a série de entrevistas do blog, trago dessa vez uma participação especial. Primeiro, pela relevância da pessoa na carreira do Suicidal. Segundo, por se tratar de uma mulher.

Afinal, é raríssimo vermos um registro sobre elas no mundo do rock que não seja na pele das mal-faladas groupies. E em relação ao ST, nunca vi algo por aí que tratasse com mais profundidade das meninas e da banda.

Lisa Fancher é uma californiana de enorme importância para o punkrock local. No início dos anos 80, fundou a Frontier Records e pouco tempo depois já entrou para a história com o lançamento de Group Sex, disco de estreia do Circle Jerks.

Lisa Fancher, em foto recente, com os dois maiores sucessos da Frontier Records: os primeiros álbums de Suicidal Tendencies e Circle Jerks.

E não ficou por aí. Em 1983, acabou convencida pelo parceiro Glen  E. Friedman a contratar uma banda até então mais famosa por algumas polêmicas e a violência de seus seguidores.

Desde então, não foram poucas as histórias para contar. Como, por exemplo,  sobre a edição pela Frontier do primeiro álbum do Suicidal Tendencies ter se tornado a mais vendida de um grupo de punk rock nos anos 80.

Quando você ouviu falar do ST? O que te impressionou para levá-los para a Frontier?
Não sei dizer exatamente qual foi o dia ou o ano, mas aconteceu lá por 1982. Glen E. Friedman (que fotografou o Adolescents para o LP da Frontier) tinha se tornado um grande amigo meu e também ajudava o Suicidal ou meio que atuava como “empresário” deles. Ele sempre me trazia demos diferentes, mas eu não achava que as músicas deles eram “fortes”. Pra ser bem honesta, a banda e seus fãs tinham uma reputação violenta o que me deixava um tanto nervosa. Então o Glen me mostrou um cassete de Institutionalized e eu soube naquele momento que a música seria um clássico. A fita não tinha nem um álbum inteiro de músicas, talvez umas cinco? Já se vão mais de 25 anos então é difícil de lembrar!

Como eles foram contratados?
Se o Glen E. Friedman não era o empresário oficial da banda, ele passou a ser quando eu disse que queria lançar o álbum de estreia deles. O contrato previa apenas o lançamento do primeiro álbum, não tenho certeza se isso aconteceu em razão de uma insistência deles ou se eu estava somente tentando contratá-los sem muito aborrecimento. As negociações do contrato não foram tão difíceis quanto eu me recordo…

Na entrevista que eu fiz com o Amery Smith, ele disse que o primeiro disco foi gravado em um único dia (“no computers, Pro Tools or Digital Performer or Cubase or Logic or Reason, there were no edits, all played live”). O que você lembra dessa sessão?
O disco não foi gravado em um dia. Eu digo que foram cinco dias, incluindo a mixagem. A maioria dos primeiros discos punks que gravei foi feita em dois ou três dias, mas eu sabia que precisava dedicar mais tempo para esse disco. Eu lembro que nós fizemos várias overdubs de guitarra com Grant Estes e isso valeu a pena todo o tempo extra e o dinheiro gasto!

Apesar da pouca idade, o ST já tinha uma fama muito controversa. Isso foi bom ou ruim para a Frontier?
Em última análise, isso trabalhou a meu favor porque eles eram muito conhecidos em Los Angeles e seus fãs ficaram famosos por serem violentos e destruírem as casas noturnas. E certos membros da banda também ficaram conhecidos por uma ou outra coisa ruim. Não vou ficar repetindo esses boatos, mas eu sei tudo sobre eles. TSOL também tinha uma má reputação e isso apenas fez com que os garotos os adorassem ainda mais. No fim das contas, os fãs do ST queimaram o filme da banda a ponto de eles terem sido banidos por anos de tocar em Los Angeles, depois que os fãs basicamente destruíram os assentos de um lugar chamado Perkins Palace. Acho que isso aconteceu por volta de 1983 ou 1984. Não era que a banda pedia para que os fãs brigassem ou destruíssem os lugares, mas eles também nem conseguiam controlá-los.

Desenho sobre a gravadora retirado do site da Frontier.

Outro rumor envolve a banda com as gangues. Isso preocupou você?
Eu não acho que se possa chamar os fãs de verdadeiros membros de gangues, eles ficaram conhecidos como Cycos e pertenciam ao seu próprio grupo. Glen E. Friedman fez um ótimo trabalho fotografando as camisetas do Suicidal feitas pelos próprios fãs, como você vê na capa do disco. Foi aquilo mesmo que aconteceu, a gente não pediu para ninguém fazer camisetas como aquelas!

Outra polêmica fala sobre a o ST ter sido “convencido” pelo FBI a mudar o nome da música I Shot Reagan, que ficou I Shot the Devil. Isso aconteceu?
Não exatamente. Eles chamavam a música de I Shot Reagan (“Eu atirei em Reagan”, ex-presidente dos Estados Unidos) mas é um absurdo alguém sequer fazer uma brincadeira sobre matar o presidente dos EUA, então eu que pedi que eles não colocassem esse nome na música na capa do disco. Eu não sei como, mas o FBI ficou sabendo daquelas letras, talvez a mãe ou o pai de alguém ficou puto com o disco e nos dedurou! O FBI realmente me telefonou e queria discutir sobre o assunto. Eu disse que era só a letra de uma música e prometi para eles que a banda não tinha nenhuma intenção de prosseguir com aquilo. Até onde eu sei, eles deixaram o assunto de lado, mas devem ter aberto um arquivo da banda, para o caso de eles continuarem falando sobre matar o presidente. Alguém devia utilizar a lei que trata sobre “liberdade de informação” para descobrir se existe um dossiê do FBI sobre isso!

A arte do disco é clássica. Você participou?
Eu confiei no gosto de Glen. A única coisa que eu fiz foi pagar pelo trabalho da arte e as entreguei para a Diane Zincavage (diretora de arte da Frontier) finalizar tudo. E você tem razão – realmente é uma capa clássica!

A capa clássica: fotos de Glen E. Friedman e arte de Diane Zincavage.

Naquela época, você sentia que estava nascendo um disco histórico, o álbum punk mais vendido dos anos 80?
Sim, eu sabia que tinha um sucesso em minhas mãos. Mas infelizmente não foi assim desde o início. O disco foi um completo e total fracasso comparado aos outros discos punks (lançados pela Frontier) como do Circle Jerks e os Adolescents. Então a (rádio) KROQ começou a tocar Institutionalized o tempo todo e as vendas começaram a melhorar. Um ano depois, Glen insistiu em fazer um videoclipe de Institutionalized (dirigido por Bill Fishman) para a MTV e eles começaram a passar feito loucos! Então isso superou completamente as vendas dos outros LPs de punk.

Qual a sua música preferida?
Sinceramente, deve ser Memories of Tomorrow. O riff the guitarra nessa música ainda me deixa abismada.

Como foi o fim da relação entre o ST e a Frontier?
Terminou antes mesmo de começar. Eu tinha a banda apenas para fazer o primeiro álbum e depois eles seguiram seu caminho. Eu nunca estive próxima do Mike Muir, ele me odiava desde o início. Eu gostava dele, apesar disso!

Como foi relançar uma edição especial do álbum em vinil 25 anos depois?
Eu realmente não ouvia o disco há muito tempo, então fiquei muito orgulhosa de ter relançado um álbum que tanta gente amou durante todos esses anos. Até os filhos deles compram uma cópia agora!

A reedição em vinil do disco de estreia do ST lançada pela Frontier

Qual é a situação atual da Frontier?
Você quer dizer se nós ainda estamos por aí? Sim! Eu não lanço tantos discos novos, apenas reedições de discos antigos de punk como Middle Class e os Weirdos. Nós estamos aguentando, mas 2009 está sendo um ano terrível. Não vejo a hora de ele acabar e a economia mundial começar a se recuperar.

BÔNUS

Mais entrevistas com Lisa Fancher: aqui e aqui.

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ENGLISH VERSION

Gettin’ on with the series of interviews from the blog, it’s time to show you a special participation, for two reasons: first, I’m talking about a relevant person in Suicidal’s career, and second, this person is a woman.

After all, it’s very hard to find anything wrote ou filmed about women in rock, except maybe for the pieces talking about the so-called groupies. When it comes to ST, I’ve never seen any deep abroad relating women and the band.

Lisa Fancher is a californian that has an enormous part to local punk scene. In the early ’80s, she formed Frontier Records, and not a long time after that she’s entered to history by releasing ‘Group Sex‘, the debut album of Circle Jerks.

Some time later, in 1983, she was conviced by her friend Glen E. Friedman to hire a band that was notorious for some controversy and their violent followers.

After that, it wasn’t just a few stories to tell. Such as, for instance, the fact that the debut album os Suicidal Tendencies, released by Frontier, would later become the best sold punk record in the 80’s.

When did you first hear about ST? What impress you the most that made you take them to Frontier?
I can’t exactly pinpoint the day or year but it was some time in 1982. Glen E. Friedman (who shot the Adolescents portrait shots on the Frontier LP) had become a good friend of mine and was also either just helping out Suicidal or actually managing them. He kept bringing me different demo tapes but I didn’t think the songs were very strong. To be quite honest, the band and their fans had a reputation for being violent which kind of made me nervous. Then Glen brought me a cassette that had Institutionalized on it and I knew the second I heard that song that it was a classic. The tape didn’t have a whole album’s worth of songs on it, maybe five? That’s over 25 years ago so it’s hard to remember!

How did they get the contract?
If Glen E. Friedman wasn’t officially their manager then, he became their manager when I said I wanted to release their debut album. I just signed them for the one record, not sure if that was at their insistence or if I was just trying to sign them without any hassle. The contract negotiations weren’t difficult as I recall.

Amery Smith said that their first record was recorded in one single day in the interview I made with him (“no computers, Pro Tools or Digital Performer or Cubase or Logic or Reason, there were no edits, all played live”). What do you recall from that session?
The LP was not made in a day. I’m going to say five days including mixing. Most of my early punk records were made in  two to three days but I knew I had to take a little more time for this one. I remember we did a lot of guitar overdubs with Grant Estes and it was well worth the extra time and money!

Even at their early age, ST had already a controversial reputation. Was this positive or negative to Frontier?
Ultimately it worked in my favor, they were VERY notorious in Los Angeles and their fans were legendary for being violent and wrecking night clubs. And certain members of the band also were known for this bad thing or that bad thing. I won’t repeat these rumors but I know all about them. TSOL also had a bad reputation and it just made the kids love them more. As it turns out ST’s own fans did hurt the band in terms of playing in Los Angeles, they were banned for years after their fans basically destroyed the seats in a venue called Perkins Palace. I think this was late ’83 or maybe ’84. It’s not like the band asked their fans to get in fights or destroy property but they couldn’t control it either.

There’s another rumor relating the band and the LA gangs, was this a concern for you at the time?
I don’t think you could call their fans real gang members, they were known as Cycos and were sort of their own gang. Glen E Friedman did a great job of photographing their homemade Suicidal shirts as you see on the LP cover. Those are the real thing, we didn’t ask anyone to make a shirt like that!

And there’s yet another rumor that says ST was ‘convinced’ by FBI to change the title of “I Shot Reagan”, that remained “I shot the Devil”. Did that happen?
Not exactly… They called the song “I Shot Reagan” (former president of the US) but as it’s a crime to even joke about killing the president in the USA, I asked them not to call it that on the LP jacket. I don’t know how but the FBI found out about the lyrics, probably someone’s mom or dad was pissed off about the record and turned us in! The FBI actually did telephone me about the matter and wanted to discuss it. I said they were merely lyrics to a song and promised them that the band didn’t have any intention of carrying it out. They dropped the matter as far as I know but they probably opened a file on the band just in case they kept saying to kill the president. Someone should use the “freedom of information” act to find out if there is an FBI dossier!

The LP artwork has become a classic cover, were you involved in that?
I trust Glen’s taste implicitly. I had nothing to do with the artwork other than paying for it and giving all the photos and logo to Diane Zincavage (art director of Frontier) to put together. And you’re right— it is a classic cover!

Back then, did you feel it was being made an historical album, that later turned out to be the most sold punk record in the ‘80’s?
Yes, I knew I had a hit on my hands. Alas it didn’t start out that way… The record was a complete and total failure compared to my other punk titles like the Circle Jerks and Adolescents. Then KROQ started playing “Institutionalized” all the time and it started to sell very well. A year later Glen insisted on making a video of “Institutionalized” (directed by Bill Fishman) for MTV and then they started playing it like crazy! Then it completely eclipsed the sales of the other punk LPs.

What’s your ST favorite song?
Honestly, probably Memories of Tomorrow. The guitar riff on that song still kicks my ass.

How the relationship between ST and Frontier finished?
It was over before it started. I just had them for the one record and then they went on their way. Never got along with Mike Muir, he hated me from the start. I liked him though!

What was the feeling on releasing a special vinyl edition of the álbum 25 years later?
I hadn’t really listened to it for a long time so it made me very proud that I had released an album that so many people have loved over the years. Even their kids buy a copy now!

What’s happening to Frontier these days?
Do you mean are we still around? Yes! I don’t really put out many new records, just reissues of vintage punk like Middle Class and the Weirdos. We’re hanging in there but 2009 has been a horrible year. Can’t wait til it’s over and the economy worldwide starts to recover from this.

BONUS

More interviews with Lisa Fancher – 1 e 2.

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Parceria da escola para o cinema

A ligação já rolava desde 1980, convivendo diariamente na Santa Monica High School. Quatro anos depois, ganhou as telas do cinema em Repo Man. Emilio Esteves, como o protagonista do filme, e Mike Muir, autor de Institutionalized, música incluída na trilha sonora.

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Muir e Esteves: cabeleiras invocadas em tempos de SM High School

À época, o reencontro entre os ex-colegas de bancos escolares passou praticamente batido. Repo Man e a sua bizarra  história sobre ETs e recuperadores de carros não fez sucesso. Por sua vez, o Suicidal não precisava mais de ajuda para chacolhar a cena punk californiana — o estrago já havia sido feito um ano antes.

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O cartaz do filme

O tempo passou e acabou por reordenar as coisas. Mais de 20 anos depois, o  filme tornou-se duplamente “cult”. Para os apreciadores de uma boa peça, digamos, alternativa, e para os fãs do ST, curiosos sobre a relação da banda com a obra do diretor e roteirista Alex Cox.

Sobre Repo Man, há críticas espalhadas pela internet certamente bem melhores do que eu sou capaz de mandar. Quanto ao ST, embora a participação não vá muito além do clássico Institutionalized como terceira faixa da trilha (que ainda tem Iggy Pop, Circle Jerks, Black Flag etc), é possível destacar alguns pontos interessantes.

A começar pelo brinco “argola-cruz” ostentado por Esteves, protagonista na pele de Otto Maddox. Algumas vezes já vi o mesmo modelo pregado em uma das orelhas do Muir. Quem diria que, de acessório tosco nos anos 80, o apetrecho ficaria na sequência marcado pelo glamour baitola de George Michael.

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Esteves e o brinco ex-punk argola-cruz

Há ainda outra lembrança dos Cycos, esta muito mais significativa. Moleque punk das quebradas de Los Angeles, logo no início Otto Maddox surge ostentanto uma legítima suicidal-shirt.

Camisa branca “de trabalho” detonada pela figura de uma caveira nas costas, como aquelas pintadas à mão por Ric Clayton, principalmente, e Jay Adams, panos eternizados pelos Suicidal Dudes  (ou Suicidal Boyz, Suicidalz, como queiram) na sensacional capa do primeiro disco do ST.

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Além disso, resta apenas a cena em que Institutionalized invade as caixas de som. Também no começo, a música aparece com punks pogando em um beco qualquer e segue enquanto Maddox toma “uma volta” de um camarada.

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Vacilou com a morena, ficou na mão

BÔNUS

Quem quiser baixar o filme, dá pra se empenhar no RapidShare em quatro partes em versão que parece que é dublada (1 2 3 4) ou AQUI. Mais jogo é recorrer aos torrents.

— Trilha sonora para baixar (cortesia do amigo do blog, Jansen Baracho). Altamente recomendada.

— No Brasil, Repo Man recebeu o estapafúrdio subtítulo “A Onda Punk”. Tudo bem, a trilha é punk e há punks no filme, mas…

— Grant Estes e Ralph Herrera, outros dois (ex) integrantes do Suicidal, também estudaram na Santa Monica High School em 1980.

Repo Man é o nome de uma música do Iggy Pop.

— O diretor Alex Cox era mesmo fascinado pelo movimento punk. Dois anos depois ele filmou Sid & Nancy.

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Cycos na escola…

Três molecotes, como todos os outros, em tempos de colégio. Nada do visual  agressivo, típico das ruas, que viraria referência mais tarde. De rock mesmo, só o cabelo comprido.

Mike Muir com uma juba, digamos, bem diferenciada. Grant Estes, mais ou menos no jeitão dos tempos de banda. E destaque absoluto, claro, para o Ralp Herrera, um cover mal-acabado do policial Frank Poncherello, do seriado clássico Chips.

Dessa mesma turma, de alguma escola da California, provavelmente em Santa Monica, ainda fazia parte o ator Emilio Esteves, filho mais velho do ator Martin Sheen e irmão de Charlie Sheen. Falando nele, algum tempo depois do convívio em sala de aula, Esteves reencontraria o Suicidal. Ele foi o protagonista do filme Repo Man, que contém Institutionalized na trilha sonora, entre outras pérolas da pauleiragem oitentista.

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Ralph Herrera

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Animação de Institutionalized

Terceira contribuição da semana, agora do chapa Franco Andrade. Ficou muito legal, uma nova forma de curtir esse clássico do ST. E fico por aí, não vou me arriscar na explicação do que se trata. Melhor vocês conferirem o que o autor disse:

O começo da animação foi usado o plugin particular da Trapcode. O resto da animação é After puro, com exceção da latinha de Pepsi, modelada e animada no 3DS Max.

Quem gostou, pode procurar o Franco no site ou no blog dele.

E repito, quem quiser mandar alguma contribuição, basta se apresentar no email: andrepugliesi@yahoo.com.br. Será muito bem vindo!

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Entrevista – Louichi Mayorga

Depois de quase dois meses de insistência, finalmente o Louichi Mayorga, um dos primeiros baixistas do Suicidal, respondeu às minhas perguntas. Durante todo esse tempo, ele foi sempre camarada nas trocas de emails, mas se dizia ocupado. Enfim, valeu a pena esperar.

Sumidão da mídia há muito tempo, ainda morando em Venice, Mayorga deu uma geral nos tempos de ST. Ele foi o titular das quatro cordas de 1982 a 1987, gravou o álbum de estreia e o Join the Army. Falou do começo da banda, da relação com as gangues locais e detonou Mike Muir quando perguntado sobre a sua polêmica saída do grupo.

Nos últimos anos, deu uma de “manager” no lançamento da segunda versão da coletânea Welcome to Venice. (compre aqui). Reuniu também os ex-ST Grant Estes e Amery Smith, que com Muir gravaram o primeiro disco, para formar uma nova banda, chamada AgainST.

Optei por publicar as respostas dele em inglês, para a rapaziada que é ligeira no idioma possa captar exatamente o que o Mayorga quis dizer. Mas fiz uma tradução livre para a turma que não manja muito. Aproveitem!

Você sempre morou em Venice?
You asked about living in Venice. I was born in Santa Monica, because Venice didn’t have a hospital. Lived in Venice for like six years, them my dad bought a house in Santa Monica, because it was too dangerous where I was living. I had a brother in a gang Venice 13 (V13), so I grew up near the beach in SM. It was full of artists and skaters (all Dogtown), surfers and this was seven blocks away from Venice. I later moved back to Venice when I joined Suicidal. I just turned 18.

Você perguntou sobre viver em Venice. Eu nasci em Santa Monica, porque Venice não tinha um hospital. Vivi em Venice cerca de seis anos, então meu pai comprou uma casa em Santa Monica, porque era muito perigoso onde morávamos.  Eu tive um irmão na gang Venice 13 (V13), então eu cresci perto da praia em SM. Era cheio de artistas, skatistas (todos Dogtown), surfistas, era a sete quadras longe de Venice. Depois eu me voltei para Venice quando entrei para o Suicidal. Eu tinha acabado de completar dezoito anos.

Infância em Santa Mônica

Infância em Santa Mônica

Como você entrou no Suicidal?
I was in a long line for first year of college and Mike was in front of me in line. We started talking and he said he was looking for a bass player for his band. I recently heard about them. I remember his main question was “can you use your fourth finger?” and I said yah. So I went and tried out. I knew I had the job as soon as I started playing.

Eu estava em uma fileira (?) do primeiro ano de segundo grau e Mike estava na minha frente. Nós começamos a conversar e ele me disse que estava procurando um baixista para sua banda. Recentemente eu havia ouvido falar sobre ele. Eu me lembro que sua principal pergunta foi “você consegue usar seu quarto dedo?” e eu disse que sim. Então eu fui e tentei. Eu sabia que consegui o emprego logo que comecei a tocar.

O ST é sempre associado às gangues. Em algum momento chegou a existir uma relação direta?
Yah! We had family and friends in the gangs (V13), so we dressed our certain way like the homeboys did and like our older brothers. Cause they would of laughed at us, if we looked like punkers. They probably would of called us “wanna be white boys”, like goofy, with mohawks and piercing and just looking “cochinos”.

Nós tivemos família e amigos em gangues (V13), então nós nos vestimos em certo modo como os homeboys e como nossos irmãos mais velhos. Porque eles iriam rir se nós nos parecêssemos como punkers. Provavelmente, eles iriam nos chamar de “metidos a garotos brancos”, como goofy, com moicanos e piercing e apenas parecendo cochinos.

Qual foi o seu melhor momento no grupo? E o pior?
The best time I had was seeing our Institutionalized video on MTV. And my worst moment, of course, was Mike kicking me out of the band. He said my playing got worse and I wasn’t good anymore. What an asshole. How does someone get worse at their instrument?

O melhor momento eu tive ao ver nosso clipe de Institutionalized na MTV. E o meu pior momento, claro, foi quando Mike me chutou fora da banda. Ele disse que eu estava tocando pior, que eu não era bom mais. Que asshole! Como alguém consegue ficar pior em seu instrumento?

Na Alemanha com o ST em 1987

Na Alemanha com o ST em 1987

Por que você deixou o Suicidal? É verdade que você foi demitido pelo Mike Muir?
Turned out, one of the reasons, I think he wanted me out was he had a lot of money of mine. I didn’t know about. I didn’t know till later. I had to sue him to get my money back, about 100 thousand dollars. He thought I would never find out about the money. Cheap bastard.

Uma das razões, eu penso que Mike queria que eu saísse porque estava com um monte de dinheiro meu. Eu não sabia disso. Não soube durante muito tempo. Eu tive que processar ele para ter meu dinheiro de volta, cerca de 100 mil dólares. Ele pensava que eu nunca iria saber do dinheiro.

Atualmente, você tem relação com algum membro da banda?
I have no relationship with Muir. But I talk to everyone else. I just played the other night with Mike Clark at a club. We did all songs from first record. Last week recorded with Amery Smith. So I’m in touch with everybody.

Eu não tenho nenhum tipo de relacionamento com o Muir. Mas eu converso com qualquer outro. Eu toquei com o Mike Clark em uma noite dessas. Nós tocamos todas as músicas do primeiro disco. Semana passada gravei com o Amery Smith. Então eu estou em contato com todo mundo.

Vi uma foto sua com o Jay Adams. Ele fez parte dos Suicidal Boyz, certo?
Yah! I just talked to Jay Boy yesterday. He is doing good four years sober. We both lost a good friend Paul Cullen, a Z-Boy too. He was really bummed.

Sim! Eu falei com o Jay Boy ontem. Ele está bem, quatro anos sóbrio. Nós perdemos um grande amigo, Paul Cullen, um Z-Boy também. Ele estava muito deprimido.

O lendário skatista Jay Adams e Louichi

O lendário skatista Jay Adams e Louichi

Recentemente, você formou o AgainST com o Grant Estes e o Amery Smith, também ex-membros do Suicidal. Como foi essa experiência?
I’m trying to get something going with AgainST right now. But we all have different schedules. Who knows, maybe we’ll get a CD out!

Estou tentando conseguir algo com o AgainST agora. Mas nós temos horários diferentes. Quem sabe, talvez nós lancemos um CD.

O que você faz atualmente?
I struggle with bills, of course. I have a four year old daughter and I’m getting to release another Welcome2Venice CD!

Eu luto contra as dívidas. Tenho uma filha de quatro anos e estou conseguindo o lançamento de outro CD de Welcome2Venice.

Louichi (primeiro à esquerda) e família em Venice

Louichi (primeiro à esquerda) e família em Venice

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Lights… Camera… ST! – 1

Os videos do Suicidal não poderiam ficar de fora deste espaço, lógico. E para inaugurar outra nova seção (já são quatro, que beleza!), nada melhor do que a mais curiosa aparição da banda after all these years. O que dizer dos Cycos tocando “ao vivo” em um episódio do seriado oitentista Miami Vice?

Ao analisar o agito, só posso concluir que os marrentos policiais Sonny e Tubbs estavam metidos numa bronca nervosa. Turminha estilo high society – trajada nuns panos anos 80 horríveis – sacudindo ao som de “Institutionalized” num cenário new wave.

Totalmente sem sentido, não? Só pra quem tá por fora. Quem manja a série (bombada no Brasil pelo SBT) sabe que as drogas eram tema comum. Aí, porra, é só ligar os pontos e sacar o óbvio. O ST foi  escalado pra uma daquelas famosas “festinhas de embalo”, onde rolava muito brilho (reparem no cara que surge quando marca 1:19, totalmente excedido na farinha) e perna de grilo.

E pra quem tá ben johnson da ideia, qualquer música serve. Por isso a animação da galera, incluindo um tiozinho numa cadeira de rodas, enquanto o Suicidal dublava seu maior clássico.

A rápida aparaição do ST

A rápida aparição do ST

Nas pesquisas que fiz, não consegui ter certeza de que ano é esse episódio, chamado “Free Verse”, de número 42, da segunda temporada. Alguns sites dizem ser de 1985, outros de 1986. Deve ser mesmo por aí. Pois, e aí chegamos ao que interessa, o ST tem Mike Muir no vocal, Rocky George na guitarra, Louiche Mayorga no baixo e R.J. Herrera na batera.

Basicamente, o que salvamos sobre a banda nessa performance inusitada. Formação que durou de 1985 até 1987, quando Mike Clark entrou. Mais, somente o “profissionalismo” do conjunto, como bem comentou um chapa no youtube. Assim que ouviu o tiro (disparado pelo tio da cadeira), eles pararam imediatamente a música,  retomando com mais uma notinha só pra encerrar.

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