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Baú dos Smiths

Depois de mergulharmos na séria Recuerdos de Mayorga, eis que mais um baú com pérolas dos Cycos se abre. Desta vez, trata-se de Dominy Smith, irmã do ex-batera do Suicidal, Amery Smith. Para o delírio da turma, ela fez a baita camaradagem de disponibilizar alguns registros dos primórdios do conjunto no Facebook.

As fotos nos lançam lá para o início dos anos 80, época em que o ST ainda aprumava o repertório e caçava uma chance para gravar o álbum que mudaria a vida de muita gente — a minha, por exemplo.

Jon Nelson dedilhava a guita, com sua vibe hendrixiana. Louie Mayorga era o titular do contra-baixo. Amery Smith empunhava as baquetas. E, claro, Mike Muquinho Muir, presidia o conjunto.

Artigos de luxo!

Antes das fotos, porém, deixo um registro. Durante um mês, o blog ficará sem atualizações, em virtude de uma viagem de trabalho. Segurem a onda que logo tudo volta ao normal. Valeu!

O roadie do ST Moony, Amery Smith de cabelo raspado e Kevin Guercio, vocalista do No Mercy, curtindo uma birthday party.

Festinha em Harrisburgh, na Pennsylvania. Mike Muir traja berma vermelha, enquanto Mayorga ostenta um calção Elite caqui.

Mike Muir versão bonequinho, Louie de azul, Amery de laranja e Jon Nelson sem camisa. 1983 - Ohio.

Mike Muir em Detroit, 1983, após passar a noite em um necrotério.

ST no Eletric Banana - Amery Smith é o primeiro, Mike Muir o segundo, Mayorga com um penteado invocado e Jon Nelson sem camisa.

 

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Suicidal Boyz

A foto abaixo é um dos melhores registros da fase áurea (na minha opinião) do Suicidal. Não há nenhum integrante da banda no documento, mas reúne boa parte da rapaziada que seguia os Cycos na época.

A foto foi tirada por Chuck Katz e flagra um pré-show da turnê “Welcome to Venice”, em 1985. No meio da turma, estão os integrantes da também clássica banda de Venice Beowulf, Mike Jensen, Dale Henderson, Paul Yamada e Mike Alvarado (que também foi roadie do ST).

Há ainda Sal Troy, integrante do No Mercy, grupo que juntou Mike Muir, Mike Clark e o ilustrador-chefe do ST Ric Clayton.

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Uma pequena amostra

Encontrei no fórum do ST um link com trechos do disco novo (que não é tão novo assim). Muito pouco para se tirar alguma conclusão. Mas já dá para ir matando a curiosidade.

Chega AQUI.

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Regravações… e aí?

Conforme o Dude sugeriu nos comentários do post anterior, abro aqui o espaço para tratarmos do novo lançamento do Suicidal. Um disco de regravações, com músicas do Join the Army, segundo álbum do ST, e do único disco do No Mercy, grupo que lançou o guitarrista Mike Clark e teve em suas fileiras Sal Troy, Ric Clayton e também Mike Muir.

01. Suicidal Maniac 02. Possessed To Skate 03. The Prisoner 04. I Feel Your Pain…And I Survive 05. Join The ST Army 06. No Name, No Words 07. Born To Be Cyco 08. Come Alive 09. Something Inside Me 10. No Mercy Fool! 11. We’re F’n Evil 12. Crazy But Proud 13. I’m Your Nightmare 14. Widespread Bloodshed…Love Runs Red.

Ouvi  Suicidal Maniac no DVD Live At the Olympic Auditorium e achei bem bacana, naturalmente melhor produzida e com uma pegada, digamos, mais moderna.

Agora, não há como não questionar a real necessidade de se regravar esses clássicos. Precisava? O Suicidal esgotou sua criatividade? Virou uma banda cover de si mesma? Enfim, confesso que não tenho uma opinião definitiva sobre o assunto.

Lembro que Possessed to Skate já teve outra versão registrada, incluída na coletânea Prime Cuts, com um molho a la Infectious Grooves de gosto  um tanto duvidoso. Carecia de uma terceira alternativa?

Com certeza eu vou curtir o disco, mas…

E vocês, o que pensam?

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Violência e psicodelia com Michael Seiff

* with english version below.

Eu queria fazer um post mais elaborado sobre esse cara que teve um papel marcante na história do ST, porém, não há quase nada sobre ele na internet. Dessa forma, ficamos mesmo com o que mais interessa, que é a arte de Michael Seiff, responsável pela capa absolutamente clássica de Join the Army.

Só posso deduzir que Seiff era local de Venice, afinal, fez várias capas das bandas locais. Além do ST, trabalhou para Excel, Beowulf, Uncle Slam e No Mercy. Curiosamente, todas as capas feitas entre 1986 e 89.

Depois disso, sumiu. O único registro mais consistente dele na rede é nesse site e, infelizmente, acompanhado de um “rest in peace” (descanse em paz). Em todo o caso, já está registrada a arte extremamente absurda, psicodélica e violenta de Seiff.

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I’d like to write a better and longer post, full of info about this guy, who had an important part in ST history. However, it’s very hard to find things about him on the net. So, I’ll let you with what interest us the most, wich is the art of Michael Seiff, who was responsible for making the classic art cover of Join the Army.

I guess Seiff lived in Venice, because he designed the art cover for tons of local bands there. Beside ST, he worked for Excel, Beowulf, Uncle Slam e No Mercy — all made between 1986 and ’89.

Then he was missing. The only ‘consistent’ thing I found on the net about him you can find here and, unfortunately, followed by R.I.P. Anyway, I’m showing now the psicodelic, absurd and violent art of Seiff.

Uncle Slam - Say Uncle - 1988

No Mercy - Widespread Bloodshed - 1987

Excel - Split Image - 1987

Wasted Youth - Black Daze - 1988

Excel - The Joke's on You - 1989

Beowülf - 1986

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ST, gangues, violência – a série 2

Na foto logo abaixo, raríssima, uma mini-reunião de alguns Suicidal Boyz, de idades variadas, como se vê. Mas pode chamá-los também de Suicide’s, Cycos ou até Suicidal Dudes — são vários os nomes para a moçada que, entre outras atividades, seguia o ST por LA partindo de Venice.

Destaque para o magrão ao centro. Calça jeans, manjada; bandana azul, também no esquema; e a camisa com o ST pintado na gola. Há ainda outro desenho, no bolso, que não dá para identificar. Sem contar o mé, discreto, na mão.

suicidalboyz

Há ainda outro personagem nessa picture, importantíssimo na história da banda. A fera de costas, de jaqueta punk e cabelo espetado, é o Ric Clayton. Ele foi o responsável por criar a letra, o estilo, o desenho da marca do Suicidal que se tornou um clássico.

Com a caneta nas mãos, Clayton também detonava nas camisas da molecada (das que aparecem na capa do primeiro álbum, boa parte são desenhos dele), uniforme quase obrigatório entre os Suicidal Boyz.  De quebra, foi baixista do No Mercy, banda de Mike Clark que contou com Muir por um breve período.

Quanto ao assunto da série, a ligação é óbvia, certo? O que rola quando junta um grupo de homens numa quebrada qualquer? Não creio que esse encontro, por exemplo, fosse para ir na missa ou estudar.

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Entrevista – Mike Clark

Mais um Cyco pintando no blog.  Depois de Louichi Mayorga e Amery Smith, é a vez de Mike Clark, em nova entrevista exclusiva.  Falei com Clark por email, depois de um pedido de contato à assessoria da banda. Enviadas as perguntas, uns dias depois vieram as respostas, há duas semanas.

O guitarrista passou a integrar o Suicidal em 1988, vindo de outra banda de Venice, o No Mercy, que havia contado com a camaradagem de Mike Muir pouco antes.  Sua primeira participação foi no álbum How Will I Laugh Tomorrow. De lá para cá, são mais de 20 anos com o ST – descontando o período de recesso.

Tanto tempo fez de Clark um símbolo do grupo tão importante quanto Mike Muir. Dá para dizer que ele é, atualmente, o fiel escudeiro do vocalista. Sempre paramentado com as marcas do ST, de uns tempos para cá é ele quem agita os fãs,  realmente representa a banda.

Sem contar, é claro, da categoria com o instrumento nas mãos. Desde o início atuando como segundo guitarrista, Clark é responsável por uma infinidade de riffs clássicos. Fez base para o lendário Rocky George e já algum tempo arrepia com Dean Pleasants.

Como já virou padrão, fiz uma tradução livre das respostas, publicadas também em inglês.

Onde você nasceu?
UCLA Medical Center, Los Angeles, California.

O ST tem uma forte relação com Venice e, principalmente, o skate. Você tem essa mesma ligação?
Eu cresci em Venice e skate toda a minha vida.
I was raised in Venice and skateboarded all my life.

Como você entrou para a banda?
Eu tive amigos com Mike Muir a maior parte da minha vida. Eu estava em uma banda chamada No Mercy, no meio dos anos 80. Nós precisávamos de um novo vocalista e Mike nos ajudou, cantando para nós. Nós acabamos fazendo um disco chamado Widespread Bloodshed. Isso foi ótimo. Infelizmente, a banda acabou. E felizmente, para mim, o Suicidal procurava um segundo guitarrista. Mike me chamou e eu estou na banda desde então.

Clark, com o papel vermelho no boné, ainda no No Mercy, na época do lançamento da coletânea Welcome to Venice

Clark, com o papel vermelho no boné, ainda no No Mercy, na época do lançamento da coletânea Welcome to Venice

I’ve been friends with Mike Muir most of my life. I was in a band called No Mercy in the mid 80’s. We needed a new singer, and Mike helped us out and sang for us. We ended up making a record with him, called Widespread Bloodshed. It was great. Unfortunately the band broke up. Fortunately for me, Suicidal was looking to add a second guitarist. Mike called me and I’ve been in the band ever since.

A banda sempre foi associada às gangues de Venice. Em algum momento, houve uma relação direta?
Em Venice, todos os skatistas, surfistas e membros de gangues se vestem muito parecidos. Nós estávamos todos dentro da cena surf e skate, e era assim que nós nos vestíamos. Quando você tem um grupo de pessoas que se parecem de certa maneira, as pessoas se assustam e supõem que é uma gangue. Nós somos o Suicidal. Nós somos de Venice.

In Venice, all the skaters, surfers and gangsters, all dress pretty much the same. We were all into the surf, skate scene and that’s how we dressed. When you get a bunch of people together, that look a certain way, people get scared and assume you’re a gang. We are Suicidal. We are from Venice.

Qual o seu melhor momento no ST? E o pior?
São muitos bons momentos. Muitos bons shows para escolher apenas um. Então eu apenas direi dessa última turnê na Europa. Alguns ótimos momentos no palco. Eu fico realmente orgulhoso dos meus colegas de banda. Eles são ótimos!
O pior foi quando nós encerramos nos anos 90. Eu não tinha certeza se nós voltaríamos juntos. Foi um tempo difícil, com certeza.

Mike, anos 90 style

Mike, anos 90 style

So many good times. So many good shows to count just one. So, I’ll just say this last tour in Europe. Some great moments on stage for me. I was really proud of my band mates. They were great!
The worst was when we broke up in the 90’s. I wasn’t sure if we would ever get back together. That was a hard time for sure.

Como é tocar por mais de 20 anos na mesma banda?
É como respirar, é a minha vida e ela é ótima!I

It’s like breathing. It’s my life and life is great!

Você tem contato com ex-membros do ST?
Eu esbarro com eles de tempo em tempo. Continuam amigos. Caras legais.

I run into them from time to time. Still friends. Cool guys.

Você concorda que o Suicidal tem fãs tão fiéis por considerarem a banda algo muito além da música?
O que eu amo sobre os nossos fãs é que eles entendem de onde nós viemos. Então, sim, é mais de um estilo de vida e nós somos uma família.

The thing I love about our fans is that they understand where we are coming from. So, yes, it is more of a lifestyle and we are family.

Os fãs do Suicidal sempre falam muito bem de você. Por que?
Eu não encaro nossos fãs como fãs. Mas mais como alguém com quem você sairia para se divertir, ou estar em casa entre amigos. Então é fácil de estar junto deles. É legal sair com eles em suas cidades. Você aprende muito e conhece algumas pessoasl realmente legais.

Mais que um guitarrista, um símbolo do ST

Guitarrista e símbolo do ST

I don’t really look at our fans as fans. But more like someone you would hang out with or be friends with at home. So it’s easy to get along with them. It’s cool to hang out with them in their homeland. You learn a lot and meet some really cool people.

Qual o futuro do Suicidal?
O futuro parece ótimo para o Suicidal! Nós temos muitas coisas para o ano que vem. Estamos muito animados com tudo isso.

The future looks great for Suicidal! We have a lot of things coming up next year that we’re very excited about.

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